Fez esta semana três meses que o Reino Unido declarou o Lockdown e mandou grande parte das pessoas para casa.
Durante mais de dois meses não nos foi mesmo permitido sair, a não ser para o trabalho, ou estar com outras pessoas. Até mesmo a grande parte dos restaurantes de takeaway, normalmente tão populares por estes lados, encerraram as portas.
Lentamente, as coisas vão agora re abrindo. Já voltou a haver takeaway no MacDonalds e na Pizza Hut, já podemos ir a um parque e estar com outras pessoas que não sejam da mesma casa, sem grandes aglomerados, obviamente. A maioria das lojas também já estão abertas, com filas para entrar mas sem máscaras a serem obrigatórias.
O desconfinamento está a ocorrer aos poucos. Em breve, a partir de dia 4 do próximo mês, abrem os restaurantes, pubs e cabeleireiros. Nós vamos voltar a trabalhar “normalmente”.
Pessoalmente, tenho saudades de voltar ao trabalho normal e socializar, mas contínuo apreensiva em fazê-lo por aqui.
Quero ir arranjar o cabelo, sair, jantar fora, calcar uns saltos altos Mas ainda não sei se me sinto segura para tal. Não sei se por me encontrar num país que não o meu. Se pelos números abismais de casos ou de mortes que aqui ocorreram.
Talvez daqui a mais umas semanas me sinta diferente mas, para já, continuamos apenas a aproveitar o tempo livre, que no meio do meu trabalho nem é muito, para viver mais ao ar livre.
Tenho dado mais valor ao espaço e à natureza que me rodeia.
Sinto-me cada vez mais sortuda, por viver num local que me permite usufruir do ar puro, do barulho dos animais, de espaços verdes e lagos frondosos.
Se há coisa que vou tirar disto é que, realmente, as melhores coisas da vida são as mais simples e somos muito mais felizes quando desligamos o “complicometro”.
E desse lado, qual a relação com esta nova realidade, e o que aprenderam a valorizar mais?