Love – Food – Travels

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Surprise Weekend in…Vilnius!

No inicio do mês de Fevereiro, como resultado duma prenda de um grupo de amigos queridos, fizemos uma viagem de três dias, cujo destino só foi revelado mesmo no aeroporto!

Foi uma surpresa em cheio, que nos levou para Vilnius, capital da Lituânia. Aqui de Doncaster, o aeroporto mais próximo, estamos apenas a 2:30h de voo deste país do Báltico. Como fomos apanhados de surpresa, não tínhamos nenhuma ideia sobre o país ou o que fazer. Claro que estava tudo mais que orientado.

Á chegada, depois dum atraso de mais de 4 horas, fomos levado pelo transfer até ao hotel The Joseph, um dos melhores conceitos de hospedagem que vimos nos últimos tempos. Com apenas 7 quartos, o último andar deste apartamento foi remodelado para ser usado como hotel. Não havia lobby ou áreas comuns, apenas um mega corredor e quartos super bem decorados- o pequeno almoço era servido no quarto, à hora que pedíssemos. Conceito simples e muito inteligente para city breaks.

Depois de poucas horas de sono, acordámos no Sábado para ir encontrar uma guia muito simpática, que nos levou a conhecer a cidade quase toda. Vilnius é a segunda maior capital dos países bálticos, com 600 mil habitantes. Tivemos sorte com o dia, que apesar de frio, ainda abriu algum sol. E, pelo menos, não nevou!

O seu centro histórico é conhecido por ser o maior e mais bem preservado da Europa, tendo sido declarado Património da Humanidade em 1994. Este desenvolve-se em torno da Câmara Municipal e da Rua Pilies (castelo), a principal artéria da cidade, que liga o Palácio Real à Câmara. Ao longo das ruas, vamo-nos deparando com diversos exemplos de arquiteturas de várias épocas. Apesar do Barroco ser o estilo mais dominante, há também obras de época Medieval e Renascentista e Igrejas de estilo Gótico. Vilnius tem uma quantidade surrealista de igrejas, tanto católicas como ortodoxas.

Na praça principal, ou Cathedral Square, encontra-mos a Catedral, construída em 1973, com a Torre do Sino em frente. É possível subir até ao topo desta, e daí ver o Palácio do Grande Duque da Lituânia, construído no XV, logo atrás da Catedral. Nós optámos por não subir pois estava imenso frio.

Palace of the Great Duke of Lithuania

Daqui também se observa a Torre de Gediminas, que data do século X, e é um dos postais da cidade.

Vilnius era uma cidade completamente murada, com dez portões ao longo da muralha que, no século XV, continham artefactos religiosos para proteger a cidade e abençoar os viajantes. Hoje em dia, resta um dos Porto~es – The Gate of Down, com uma Capela (Chapel of Mary, the Mother of Mercy), que tem um quadro da Virgem Maria que dizem conter poderes milagrosos.

Passado a zona onde se encontra hoje o Parlamento, chegamos até ao antigo Bairro Judeu, que se transformou em gueto na 2ª Grande Guerra. Até o início do século 20, com as suas 110 sinagogas, Vilnius era conhecida pela “Jerusalém do norte” – uma metrópole esplêndida, cuja influência Judaica se manifestava nas diversas instituições científicas, políticas e de ensino, exercendo um fascínio sobre pessoas muito além das fronteiras da própria Lituânia, atraindo judeus de outros países europeus, inclusive dos de língua alemã. Infelizmente, pouco restou desta vasta cultura e apenas existem duas Sinagogas dessa época.

Vilnius é circundado por dois rios, o rio Vilnia, que deu origem ao nome da cidade e o rio Neris. Nas margens do primeiro, entre prédios históricos e ruelas, encontra-se a República de Užupis, um bairro boémio e artístico da cidade. Com moeda, bandeira, presidente e constituição próprias, a república declarou independência coincidentemente (ou não) no dia 1º de abril de 1997, comemorando esta data até hoje. Na rua Paupio é possível ler a constituição Užupis e seus 41 artigos traduzidos para vários idiomas – ainda não havia em português!

Saindo da zona histórica, fomos até ao Mercado Central, o Halés Turgavietè, contruido em 1906. Nesta parte da cidade, é possível sentir a jovialidade desta cidade, ao observar algumas obras icónicas de street art.

A cidade é bastante vibrante, mesmo no Inverno e com neve, com imensos cafés e restaurantes giros, bares e bastante vida noturna. Nota-se que é uma cidade em crescimento, com imensos jovens e artistas em busca de oportunidades.

Os nossos amigos organizaram-nos um jantar de degustação no Amandus, dum conceituado chef Lituano, que foi fabuloso. Foi bastante interessante provar os ingredientes locais como o arenque e a beterraba em versão gourmet.

Almoçámos um dia no The Old Green House , um delicioso restaurante antigo, decorado de forma tradicional, onde provei os típicos Zeppelins (uma espécie de massa de batata recheada com carne, cogumelos ou queijo e depois frita) e a sopa de cogumelos no pão. Infelizmente estava demasiado frio para comer a típica sopa cor de rosa, de beterraba, que já provei na Polónia. A minha colega Lituana já me deu a receita portanto talvez a partilhe aqui, depois de a testar! Outro bom lugar para jantar foi o Grey, também com vários pratos locais.

No geral, ambos considerámos Vilnius uma agradável surpresa. Com várias pontes e parques, teatros e museus, a cidade respira cultura e oferece um sem número de atividades. É facilmente explorada num dia, deixando em aberto várias opções de passeios nos arredores. No próximo post partilharei as que fizemos =)

Espero que tenham gostado e, quem sabe, se visitarem os países Bálticos, este post venha a ser útil!

Uma Boa Semana a todos!

 

 

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A autora - Margarida

Portuguesa em Doncaster.

Mãe a tempo inteiro, Médica Dentista a part-time.

Blogger, viajante e entusiasta da cozinha nos tempos livres!

2 Responses

  1. belíssimas fotografias e legendas, despertou a vontade de ir <3 obrigada e continuação de boas viagens 🙂

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