Faz hoje um mês que comecei a minha licença de maternidade. Há um mês que pausei o meu trabalho como médica dentista em Inglaterra e regressei, ainda que temporariamente, a Portugal.
Regressar a casa sem bilhete de volta, pela primeira vez em quase 7 anos, é uma sensação maravilhosa.
Questionaram-me muito sobre a minha decisão de vir para Portugal ter o bebé. Qualidade de Sistemas e opções de saúde à parte, estar perto da família, dos amigos e ter a chamada “rede de apoio” – ainda que somente nos primeiros tempos – é algo que não tem preço e, sendo possível enquanto casal, a melhor opção e a que, para nós, mais fez sentido.
E portanto cá estou eu, a escrever da terra que me viu nascer, enquanto preparo tudo para a eminente chegada do nosso filhote.
Confesso que este mês esteve longe daquilo que esperava dele. Já devia saber que criar expectativas pode ter o efeito de frustração quando não conseguimos corresponder – ou controlar tudo o que nos rodeia – e, de facto, estes dias em pouco se assemelham ao que eu tinha em mente.
Abrandar o ritmo e fazer pausas, ainda que mais custosas por serem forçadas, fez falta e faz sentido nesta recta já final.
Em contrapartida, tenho aproveitado para descansar o máximo enquanto posso e para passar tempo de qualidade com a mãe, a avó e alguns amigos.
Só por isso, este mês já valeu ouro.