Junho foi um mês complicado. Tanto que nem vim ao blog.
O trabalho tem sido cada vez mais intenso, o cansaço e frustração de tudo isto está acumulado e começa a notar-se e a fazer-se sentir, particularmente por quem está no atendimento direto ao público.
Há dias que só me apetecia mandar tudo para Marte (que agora é o sítio da moda), fazer as malas e ir. Não sei para onde, mas ir, simplesmente.
Percebi que, o que sentia mesmo, era falta de viajar.
Clichê, I know.
Mas, o facto é, que já não sei lidar bem com a ideia de não planear nada, de não ansiar por algo novo. A rotina é realmente letal e estava a começar a dar comigo em doida.
Portanto, aceitei que precisava – para bem da minha sanidade mental – de viajar: e assim o fiz.
Como planear viagens em tempos de Pandemia?
Escolher o Local
Tinha planeado irmos de carro à Escócia: já é permitida a circulação dentro do Reino Unido portanto era um destino fácil.
Mas o tempo cinzento e chuvoso que se previa desmotivou-nos e, meio que num impulso, comprei dois voos para Malta há duas semanas.
Malta está na lista verde, ou seja não precisamos de fazer quarentena ao regressar a casa. Isto é um ponto fundamental, caso não consigam trabalhar de casa, porque chegar de férias e ter de fazer quarentena não é comportável a quase ninguém!
Consultar Requisitos de Entrada
Aqui começa a “fun stuff” – ou não.
A maioria dos países da UE acordou uma espécie de “livre trânsito” para quem já possuir o Certificado de Vacinação.
O Reino Unido não está ainda neste acordo e rege-se pelas suas próprias regras.
As exigências de entrada em diferentes países podem passar pela apresentação do teste PCR negativo, Certificado de vacinação ou ambos, sendo que o Certificado apenas exclui a quarentena obrigatória. No caso do RU, pede sempre um teste PCR no segundo dia, mesmo às chegadas da green list. I
Portanto , nada como consultar os sites oficiais de cada Governo e fazê-lo com regularidade, porque as coisas alteram constantemente.
Por exemplo, eu tinha apenas a App do NhS quando marquei a viagem. No mesmo dia li que o governo de Malta não aceitava a App – tinha de ser o certificado emitido em papel.
Pânico instalado, foi ligar para o NHS e pedir a carta e esperar que chegasse nos 5 working days.
Felizmente isto não são os CTT e a dita cuja veio na data prevista – mas entretanto o governo lá passou a aceitar a App como prova, por estar a prejudicar o turismo.
Portanto, nada como ler e reler os requisitos todos e, caso os aceitem / preencham, verificar regularmente para evitar surpresas!
Neste caso, mesmo sendo UE, Malta apenas aceita pessoal vacinado e com o certificado – o ouro dos tempos modernos.
Máscaras, muito álcool gel e distanciamento
O kit sobrevivência 20/21, essencial para o aeroporto. Feliz (ou infelizmente, que a mim entristece-me ver isto), os aeroportos estão a meio gás, com muito pouca coisa aberta e 1/3 das pessoas a circular.
Levar uma máscara boa (pelo menos FFp2) para mim é essencial e umas toalhithas para desinfetar a janela no avião- afinal é onde toda a gente encosta a cara!
Seguro de Viagem
Algo que nunca me preocupei muito em ter nas viagens pequenas, este ano fez-me sentido – nunca sabemos se testamos positivo e temos de ficar 10 dias num hotel noutro país.
Há seguros que cobrem isso. Better be safe than sorry.
Aceitar os imprevistos
Nada está fácil , há muitas regras e burocracias, pode haver demasiada gente e não nos sentirmos bem, podemos não ter mesas nos restaurantes x ou y: é o que é e temos de viver com isso, desfrutar o momento o voltar a fazer-se o que se gosta.
Viajar é o que mais gosto de fazer e a privação de tal fez com que quase já não sentisse eu própria.
Prestes a embarcar numa viagem pouco ou nada planeada, mas muito ansiada nestes dias, apercebi-me deste facto: a minha vontade de estar neste cantinho online está intimamente ligada com o meu síndrome de wanderlust.
Portanto, venham mais viagens para conseguir inspirar a minha alma e as minhas escritas.
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