Depois da aventura pelo Quénia, necessitávamos de descansar e recarregar baterias. Foram várias as opções pensadas para a segunda parte da Lua de Mel e a hipótese vencedora não desiludiu em nada nas expectativas.
Zanzibar não é, ao contrário do que muitos pensam, uma só ilha, mas sim um arquipélago no oceano Indico, na costa da Tanzânia, formado por 3 ilhas principais (Unguja, Pemba and Mafia), e um sem número de pequenas ilhotas. Unguja é a maior das três, onde se encontra a capital, Zanzibar City (também conhecida por Stone Town – a zona mais antiga de Zanzibar City) e aquela que as pessoas commumente se referem como Zanzibar. Pemba está para norte de Unguja e Mafia mais para sul, perto de Moçambique. Tem cerca de 1,304 milhões de habitantes e a religião predominante é o islamismo.
Depois dos largos quilómetros, percorridos no Quénia, confesso que estávamos ansiosos por aterrar numa praia e simplesmente apanhar sol e recuperar forças. Zanzibar foi a escolha perfeita para o efeito. Apenas a duas horas de voo, chegámos a um pequeno éden em tons de azul e verde.
Ficámos na região de Nungwi, no norte da ilha. As praias são de facto paradisíacas, os areais de grão finos e brancos contornados com aquelas águas quentes e azul turquesa, dignos de um cenário de filme. A ilha tem uma vasta e exuberante vegetação, dando-lhe contornos únicos. O hotel que ficámos era um pequeno boutique hotel, sem grandes multidões de gente. Acordávamos com vista para a praia, comíamos com os pés na areia e passámos horas a fio dentro daquele mar maravilhoso.
Uma das nossas partes favoritas do dia era esperar pelo pôr do sol, na piscina do hotel, com vista sobre a praia: foi dos mais bonitos que alguma vez vimos.
Mas como ficar apenas no hotel não faz parte do nosso estilo, acabámos a fazer alguns passeios, com guias locais que encontrámos na praia.
Num deles, fomos até ao sul da ilha, e fizemos o chamado Safari Blue. Saímos de barco até um banco de areia, que se via por a maré estar na altura certa, onde parámos para aproveitar o sol e comer várias frutas locais. O côco, a manga e os maracujás têm um sabor muito mais intenso do que os que encontramos por estes lados.
Dalí fomos até uns recifes de coral, onde aproveitámos para fazer snorkeling. Não foi, de todo, o fundo do mar mais bonito que já vi – esse continua a ser o do Mar Vermelho. Mas é sempre bonito e relaxante nadar com os peixinhos, ver as cores e a vida dos corais e descobrir estrelas do mar. Acho que, se pudesse, fazia do snorkeling o meu hobby de fim de semana!
Almoçámos, na ilha de Kwale, um verdadeiro festim de marisco fresco. O regresso foi feito num Dhow, embarcação de madeira tradicional utilizada para o transporte das mercadorias da ilha. Foi um passeio divertido, com imensas pessoas de várias nacionalidades que se juntaram no barco.
Como estávamos perto, num dos dias fomos até à pequena vila de Nungwi. Situada mesmo em cima da praia, a vila tem alguns artesãos e comerciantes, que trabalham com uma vista bastante privilegiada. Sente-se que a vida aqui, e possivelmente em toda a ilha, é bastante tranquila. O ritmo é pole pole (devagar devagarinho), sem pressas e sem chatices. As pessoas têm um sorriso aberto, são amigáveis e tentam sempre meter conversa, por vezes até demais.
Claro que, objectivamente, a qualidade de vida para a população, no geral, é muito baixa. África tem, e há-de sempre ter, este eterno drama social. O aspeto positivo, reforçado pelos vários guias que conhecemos, é que não há fome. Há muito a evoluir e o turismo tem ajudado, nomeadamente com a criação de empregos.
E, novamente, escrevi mais do que inicialmente pensava, portanto ,num próximo post, logo trago os detalhes da ida a Stone Town e á plantação de especiarias!
Ficaram curiosos com Zanzibar?
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