É verdade, os 32 já cá cantam!
Fazer anos em tempos de pandemia é um misto estranho de emoções.
Se, por um lado, o sentimento de gratidão por, efetivamente, termos algo que festejar – a vida!- por outro, o sentimento de afastamento e solidão exacerba-se por estes dias.
Comigo não foi diferente.
Este ano, pela primeira vez nestes últimos 5, não houve viagem a Portugal. Senti falta dos abraços e do sol, da comida caseirinha e da festa noite dentro.
O dia foi, pela primeira vez, passado a trabalhar: nunca o tinha feito – e não tenciono repetir! Apesar de ter sido mimada por colegas e pacientes, é um dia que gosto mesmo de não ter de pensar em trabalho.
Recebi prendas e flores por correio e sinto que passei mais de metade do dia em chamadas e FaceTime.
Houve bolo de chocolate com direito a soprar velas e, por umas horas, a casa encheu-se de gargalhadas e conversas cruzadas.
O longe fez-se perto.
E foi, no mínimo, memorável – mais não seja para um dia, num aniversário distantes contar a história de como passei os 32 “em plena pandemia, sozinha em Inglaterra, mas com direito a festa virtual”.
E amor. Com mesmo muito amor.