Hoje escrevo um post diferente dos habituais, em parte porque senti alguma necessidade de falar nisto e também por ser um tema que me me interessa bastante.
Tinha eu 14 anos, em 2003, fui pela segunda vez ao Brasil, com os meus pais. Desta vez, a viagem incluiu uns dias na Amazonia: ficámos num hotel no meio da selva, o Ariaú (que entretanto desapareceu por desentendimentos nas partilhas), um dos sítios mais inesquecíveis que vi. Em conluio com a natureza, aves e macacos eram residentes e nós, turistas de passagem, respeitávamos o seu mundo. Poluí-la era um crime, nunca tal passaria pela cabeça de ninguém. Nem arrancar folhas ou flores – a natureza observa-se, sente-se, não precisamos de souvenirs provenientes dela. Passeámos de barco pelos rios, que deambulam por entre o maior conjunto de vegetação que já presenciei. Aquele nascer do sol, no rio Amazonas, ainda está hoje na minha memória.
Este pulmão mundial, que tem estado nas bocas do mundo, pelas mais tristes das razões, está a ser totalmente destruído, e não consigo não ficar triste. Desiludida até, com este mundo tão egoísta em que se vive.
Já li um pouco sobre o assunto é, por mais triste que seja, cheguei à conclusão que, mais que os “políticos” deste mundo que, no fundo, são eleitos pela maioria das pessoas, representando-as, (democracia a fazer das suas!), somos todos um pouco responsáveis por isto. Tal como somos pela questão do sargaço no México. E pelo glaciar que derreteu na Islândia. Nós, seres humanos, estamos a viver cada vez mais focados em nos próprios, numa sociedade que só olha para si e para baixo.
Falamos em mudança, mas quantos de nós mudam, mesmo? Quantos de vocês fazem reciclagem, bem ou mal, pelos menos tentam reduzir o consumo de plástico das vossas vidas? Quantos olham, efetivamente, para o seu consumo de carne vermelha ou de óleo de palma? Quem olha para os rótulos, em busca de artigos mais sustentáveis e amigos do ambiente? E quem fecha a torneira para lavar os dentes ou utiliza os programas mais económicos das máquinas?
Eu contra mim falo; sei que podia fazer mais, mas apenas faço o que, de momento, posso/ me lembro.
Honestamente, acredito que se todos o fizéssemos, ao invés de, apaticamente, ignorar as pequenas ações por parecerem insignificantes, viveríamos num mundo melhor.
Por isso, peço desculpa à Amazónia, àquela imensa floresta que, em pequena soube tão bem respeitar e, inconsciente e indiretamente, as minhas ações e estilo de vida acabou por vir a contribuir para a sua devastação.
Aqui fica o site da Green Peace, onde há algumas ações de conscientização para estes assuntos.
https://www.greenpeace.org/international/explore/nature/
Os Pequenos gestos podem, mesmo, ter grandes impactos.
Um Bom fim de semana a todos – é aproveitar que Agosto está quase no fim!