Love – Food – Travels

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royalislandmaldives

Viajar pelas memórias: … Maldivas!

Na semana passada partilhei convosco a viagem que fiz com a minha Mãe em Abril de 2017, que teve inicio no Dubai (podem ler tudo aqui) mas cujo destino final era o mais ansiado.

As Maldivas está no Top dos destinos mais cobiçados no mundo das viagens, e tem toda a razão para isso. Este país, constituído por 1.196 ilhas, das quais apenas 203 são habitadas, agrupadas em 26 grupos de atóis, separados por aproximadamente 90.000 KM². Esta particularidade, e a distinta localização de cada atol, que levou a distintas influências consoante os países mais próximos (India ou Sri Lanka) tornam as Maldivas num dos destinos mais diferentes no mundo. O agrupado de ilhas estende-se por mais de 300 km de norte a sul e é, sem dúvida, das maravilhas naturais deste nosso planeta.

É certo que, para a maioria, é um destino essencialmente de Lua de Mel, razão pela qual até estava quase reticente ao escolher esta viagem. Mas ignorei isso, e ainda bem. Por serem poucos dias, optámos pela estadia num Resort num atol não habitado (a pequena ilha era, toda ela, o hotel). Fiquei com alguma curiosidade de visitar as ilhas habitadas e ter mais contacto com os locais – quem sabe no futuro, já que também ficou a faltar o bungalow sobre a água!

As auréolas claras em torno da ilha são formadas pelas barreiras naturais de corais, que delimitam a ilha, fazendo com que ali, o mar não seja tão profundo. As imagens não fazem jus ao quão espectacular é ver isto do céu.

O nosso hotel estava situado no Baa Atol, no Norte do arquipélago, pelo que fomos de hidroavião até lá – razão pelo qual eu escolhi este hotel, pois queria muito ver os atóis de cima. E valeu muito a pena.

chegada a Dharavandhoo

Depois de aterrarmos em Dharavandhoo, uma das ilhas habitadas, seguimos ainda uns bons 20 minutos de lancha até ao nosso hotel.

Avistámos a pequena ilha, com a sua areia branca e densa vegetação a todo o redor, já quase ao pôr do sol. Mal se distinguia qualquer construção, pois o hotel todo em madeira fazia uma ligação perfeita e suave com a natureza envolvente.

Royal Island Resort and Spa

Depois, acho que as imagens falam por si.

Maakana, a Garça das Maldivas

A serenidade e paz que aqui se vive, é algo de transcendente. Nunca me custou acordar às 6 da manhã para ver o pôr do sol. A nossa rotina passava por isso, dar uma volta a pé pela ilha, contemplar as garças e tomar o pequeno almoço; dar um mergulho no mar, mais uma hora de caminhada e depois relaxar, ler, conversar e claro, fazer snorkeling. A minha mãe, que nunca gostou muito de andar com a cabeça dentro de água, ficou fã ao ver a quantidade de peixinhos que podíamos ver perto dos recifes.

Gostou tanto, que a consegui levar até ao mar alto e fazer snorkeling em busca das tartarugas. Fomos com dois guias, que sabiam até onde nos levar e simplesmente assistimos ás tartarugas ali, no seu meio, sem as perturbar ou perseguir. Eles tinham um cuidado extremo com os corais e deram-nos todas as indicações necessárias. Confesso que, talvez por esta experiência ter sido em tudo maravilhosa, quando fiz snorkeling o ano passado no México também para ver tartarugas , fiquei profundamente desiludida.

O nosso hotel tinha várias opções de comida tradicional, pelo que conseguimos provar vários pratos típicos. A maioria tem influências do Sri Lanka e India, pelo que são comidas super condimentadas, e das quais ficámos fãs. A animação era pouca, não há música alta até largas horas da noite- e ainda bem, pois não é o intuito do sitio. Ainda na ilha, assistimos a uma tempestade tropical no mar numa das noites e foi das coisas mais imponentes que já vi.

No dia do regresso, conseguimos passar umas horas a visitar Malé, a capital deste arquipélago, já que o voo era bem tarde. Deixámos as malas no aeroporto e apanhámos o ferry que liga o aeroporto até à cidade. Como tínhamos poucas horas acabámos por optar ir com um guia local que contratámos no aeroporto. O rapaz foi super simpático e mostrou-nos os pontos principais da ilha, desde a zona mais urbana até à mesquita e ao mercado da cidade. A Maldivas são um país muçulmano sunita, pelo que deve ter-se algum respeito na roupa usada (afinal aqui já não estamos nos resorts). A maioria do comércio concentra-se na avenida principal – a Majeedee Magu, e perto há alguns restaurantes locais. Aproveitámos para jantar por um deles e provei um delicioso caril maldiviano.

Apesar de poucas horas passadas em Malé, foi o suficiente para conhecer um pouco dos costumes e tradições e regressámos super satisfeitas com o desfecho desta nossa viagem.

Agora, resta continuar a sonhar com as próximas.

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A autora - Margarida

Portuguesa em Doncaster.

Mãe a tempo inteiro, Médica Dentista a part-time.

Blogger, viajante e entusiasta da cozinha nos tempos livres!

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